O QUE PASSOU AINDA ESTÁ AQUI

Quando eu comecei a escrever não queria mostrar quem eu era. Ninguém lia ou lê meus blogs, mas mesmo assim, eu queria me esconder em uma personagem só minha. Me nomeei. Por que os pais nos dão nomes? Eles nem sabem se vamos gostar de receber esses nomes. Se for parar pra pensar é estranho.
Enfim, me dei um nome, uma vida, uma cidade e amizades. Na minha história eu morava em uma cidade com praia, minha melhor amiga era a minha irmã de verdade (que também entrou nessa de personagem em blogs), além dela eu tinha mais umas quatro amizades verdadeiras, dois caras afins de mim e muitas fotos fakes que eu pegava no google ou no tumblr. De alguma maneira eu achava que quem lesse, iria acreditar naquilo. No fundo, acho que era eu que queria acreditar. Tudo era mais fácil pra ela. Pais casados que saíam todos os fins de semana para comer em lugares legais, todo dia um encontro do grupinho na sorveteria. Quem pegou essa minha fase entende o quanto ela significou pra mim. Eu amo ser essa personagem, mesmo que ela exista apenas na minha mente. É legal e meio terapêutico. Lá eu era protagonista e me sentia protagonista. Como Melissa eu me sinto figurante no meu próprio filme.

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